Tumores periampulares

Tumores Periampulares: O Que São E Como Evitá-Los

Os tumores periampulares têm origem na cabeça do pâncreas, são raros e tendem a evoluir de forma severa. Geralmente, se manifestam a partir de sintomas comuns a outras doenças, como icterícia e dor abdominal.

Você sabe como eles são causados? Quer saber mais sobre como evitá-los? Então, recomendamos a leitura desse artigo. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre o tema.

Afinal, o que são tumores periampulares?

Trata-se de um grupo de neoplasias que se desenvolvem na proximidade da Ampola de Vater, estrutura formada pelo ducto pancreático principal ou de Wirsung e pelo ducto colédoco, sendo envolvidos pelo músculo esfíncter de Oddi.

Ainda, os tumores periampulares podem se originar em toda a região da Ampola de Vater, como a cabeça do pâncreas, do duodeno, do ducto biliar comum distal ou das próprias estruturas que formam a ampola.

Por ser uma condição agressiva, os pacientes portadores dessa doença possuem sobrevida de 5 anos estimada em 20% a 50%, a depender do estágio da doença, do status de ressecção e da localização do tumor.

Como são causados?

Embora não tenha uma causa conhecida, os tumores periampulares estão relacionados aos mesmos fatores de risco do câncer de pâncreas, tais como, tabagismo, obesidade, diabetes, pancreatite, idade avançada, histórico familiar de câncer, portar síndromes genéticas hereditárias, entre outros.

Além disso, acredita-se que uma alimentação rica em gorduras e açúcares, o sedentarismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas também influenciam no desenvolvimento desse tipo de tumor.

No que se refere à epidemiologia dos tumores periampulares, em cerca de 15% dos casos é impossível determiná-la, mas em 50% dos diagnósticos surgem na cabeça do pâncreas.

Quais são os sintomas?

Quando falamos de tumores periampulares, a icterícia obstrutiva é o sintoma mais característico, relatado em 80% dos casos. Isso ocorre em função da compressão do colédoco distal e da impossibilidade de drenar a bile pelo tumor.

Outro sinal frequente nestes casos é o Sinal de Courvoisier, que se caracteriza pela vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico. Geralmente, ocorre em quadros de neoplasias na cabeça do pâncreas.

Além disso, outros sintomas que podem se apresentar são: esteatorreia, em função da má drenagem da bile, perda de peso sem causa aparente e fadiga. Um pequeno percentual de pacientes tendem a relatar sangramento gastrointestinal, anemia, náusea e dispepsia.

Como é o tratamento?

O tratamento primário dos tumores periampulares é a chamada Cirurgia de Whipple (ou pancreatoduodenectomia). Em casos não invasivos, a excisão local da ampola pode ser indicada.

Quando o paciente não pode passar pela cirurgia ou se houver potencial de rejeição, os tratamentos não cirúrgicos são utilizados e envolvem ablação por laser e terapia fotodinâmica, promovendo efeito paliativo sobre os sintomas.

Além disso, em protocolos internacionais, a quimioterapia é realizada como terapia adjuvante após a intervenção cirúrgica. Outra possibilidade é a aplicação conjunta de radioterapia. De modo geral, o objetivo será a remoção cirúrgica completa do tumor.

No que se refere a medidas para evitar o desenvolvimento desses tumores, o principal é adotar um estilo de vida saudável, mantendo uma alimentação equilibrada, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o peso corporal e praticar exercícios físicos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!

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