Estima-se que 20% da população masculina do Brasil desenvolva uma hérnia em algum momento da vida. Esse número mostra que essa é uma condição de alta prevalência. Entre todas as áreas que podem ser acometidas, a inguinal é a mais comum.
Contudo, uma dúvida recorrente dos pacientes é: toda hérnia deve ser operada? Quer a resposta? Então, não deixe de ler este post. Nele, responderemos a essas e muitas outras dúvidas.
O que são as hérnias?
O termo “hérnia” é usado para descrever a protrusão de um órgão ou parte dele através de uma abertura natural ou adquirida em diferentes partes do corpo, tais como, a virilha, umbigo, abdômen e até a coluna.
A depender do local onde se origina, a hérnia recebe um nome diferente. A seguir, listamos alguns dos tipos mais comuns dessa condição e a respectiva região afetada:
- hérnia epigástrica: quando ocorre acima do umbigo e na linha central do abdômen;
- hérnia femoral: localizada na região inguinal baixa;
- hérnia inguinal: quando o escape acontece na virilha;
- hérnia de disco: escape do disco intervertebral, na coluna;
- hérnia cerebral: quando há um excesso de pressão no crânio que move os tecidos do cérebro;
- hérnia umbilical: quando a protrusão ocorre através da cicatriz umbilical;
- hérnia incisional: o escape acontece por meio de uma cicatrização inadequada após cirurgias no abdômen.
Como é causada?
Ainda não há uma causa conhecida para o desenvolvimento de uma hérnia. Na maioria dos casos, estão relacionadas a pequenas atitudes inadequadas, como levantar um peso excessivo ou fazer um grande esforço.
Em outras situações, pode estar presente desde o nascimento do paciente e permanecer imperceptível durante muitos anos. Além disso, existem fatores que tornam uma pessoa mais suscetível ao surgimento de uma hérnia. São eles:
- constipação crônica;
- esforço excessivo para evacuar ou urinar;
- tosse crônica;
- fibrose cística;
- excesso de peso corporal;
- próstata aumentada;
- alimentação ruim;
- tabagismo.
Quando a hérnia deve ser operada?
De modo geral, toda hérnia precisa ser tratada cirurgicamente. Contudo, quando o quadro é assintomático e não oferece risco imediato, é aceitável manter apenas o acompanhamento médico do paciente.
Além disso, mesmo que raramente, existem situações em que o paciente não pode ser submetido à cirurgia, apesar de apresentar uma hérnia maior e sintomática. Fora essas exceções, toda hérnia deve ser operada.
Como é o tratamento?
A única alternativa de tratamento efetivo da hérnia é a cirurgia. Atualmente, existem três principais formas de realizar este procedimento: cirurgia aberta, cirurgia laparoscópica e cirurgia robótica.
No primeiro caso, é o método cirúrgico convencional e consiste na realização de uma incisão abdominal para que possa ter acesso ao local em que ocorreu o abaulamento. Após conseguir visualizar a região, ele iniciará o procedimento para devolver o órgão ao seu lugar de origem.
Já a cirurgia laparoscópica é uma técnica minimamente invasiva realizada a partir de pequenas incisões para a passagem dos instrumentos cirúrgicos e de uma pequena câmera. Assim, o cirurgião tem uma visão ampla da região e consegue manipular os instrumentos com maior assertividade.
Por último, a cirurgia robótica é uma evolução da técnica laparoscópica, sendo feita através de braços robóticos controlados por um cirurgião. Por ser minimamente invasiva, oferece rápida recuperação, sendo necessário apenas dois dias para a alta hospitalar.
Então, como você pode perceber, todos os pacientes com diagnóstico de hérnia precisam ser operados, salvo algumas exceções. Portanto, se você sofre com essa condição, converse com seu médico sobre a necessidade ou não de realizar o tratamento cirúrgico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!
