A opção por uma intervenção cirúrgica evoluiu ao longo do tempo, tornando-se uma decisão dependente de diversos fatores. Com isso, o risco cirúrgico se tornou um procedimento que antecede toda e qualquer operação. É importante saber como esse processo indispensável funciona.
No post a seguir você encontrará as principais informações sobre o procedimento de risco cirúrgico. Não deixe de continuar a leitura!
Mas antes, o que é risco cirúrgico?
Risco cirúrgico pode ser definido como um cálculo realizado a partir da avaliação clínica e laboratorial do paciente em questão. Visa determinar as condições gerais de saúde e recomendar, ou não, o procedimento cirúrgico.
Doenças crônicas, deficiência de nutrientes, história familiar e a natureza da cirurgia são alguns fatores considerados para esse cálculo, pois têm potencial para aumentar o trauma operatório ou impactar na recuperação de forma negativa.
Como é realizado o risco cirúrgico?
Inicialmente é importante marcar uma consulta com um clínico geral ou cardiologista para fazer um levantamento do histórico de saúde do paciente. São feitos questionamentos relacionados à idade, ao histórico médico-familiar dele e às doenças crônicas que pode ter.
Além disso, o tipo de cirurgia a ser realizado também é levado em conta. No mais, são solicitados exames físicos que ajudam na tomada de decisão do risco cirúrgico. Pode também ser indicada a suspensão ou o uso de medicamentos que auxiliem na realização da intervenção. Dentre os exames solicitados, os principais são:
- Eletrocardiograma: O eletrocardiograma também é feito durante a avaliação de risco cirúrgico e tem como principal função analisar o ritmo e a frequência do coração. Assim, o médico identifica se há arritmias e outros problemas no órgão.
- Hemograma completo: No exame de sangue é possível verificar se há alguma infecção, seja bacteriana ou viral. Também observa problemas como, processos inflamatórios; excesso de glicemia no sangue e anormalidades nas plaquetas.
- Teste ergométrico: Serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante.
- Raio-X torácico: Serve para estudar a anatomia de uma ou mais estruturas presentes na região torácica, a exemplo do coração, costelas e pulmões e investigar possíveis patologias.
- Coagulograma: O coagulograma é um exame que avalia a capacidade do paciente de impedir sangramentos, ou seja, de produzir coágulos. Para a sua realização, o profissional faz um pequeno corte e conta o tempo que leva até parar de sangrar.
- Ecocardiograma: O ecocardiograma também pode ser feito na avaliação pré-cirúrgica. Esse exame permite observar o músculo, as valvas e o fluxo sanguíneo. Através dele é possível eliminar ou diagnosticar anormalidades nos vasos sanguíneos, ou no próprio órgão.
Qual a sua importância?
A avaliação é extremamente necessária e fundamental para a segurança e sucesso da intervenção cirúrgica, já que, sem ela, não é recomendada a continuidade do processo. O seu principal objetivo é avaliar o risco e o benefício da cirurgia.
Além disso, o risco cirúrgico, busca determinar se há um nível baixo, médio ou alto de riscos de complicações durante a operação, principalmente relacionados a problemas cardíacos. Para exemplificar, podemos citar a cirurgia de pedra na vesícula.
Em casos de intervenção em pessoas com idade mais avançada, pode haver a necessidade de exames mais aprofundados, como a espirometria e a ecocardiografia, teste de esforço e cateterismo cardíaco.
Então, com a leitura deste post, você se informou sobre todo o processo de realização do risco cirúrgico. Portanto, em caso de necessidade cirúrgica, procure orientação médica de sua confiança.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!