Embora seja pequena e até pouco popular, a vesícula biliar exerce a importante função de armazenar a bile produzida no fígado. E, quando não funciona corretamente, ela pode prejudicar o funcionamento do organismo, exigindo sua retirada.
Nesse sentido, preparamos este artigo para explicar tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia e os cuidados pré e pós-operatórios. Então, se tem interesse no assunto, continue a leitura.
Por que realizar a cirurgia de retirada da vesícula?
Em primeiro lugar, a colecistectomia consiste na remoção da vesícula biliar, principalmente nos casos em que há cálculos biliares grandes os quais podem obstruir os ductos e gerar uma série de complicações.
Ainda, o procedimento é muito comum e, apresenta baixas mortalidade e morbilidade. Assim, diferente do que muitos imaginam, você viverá normalmente após a remoção do órgão.
Isso porque a ausência da vesícula não traz riscos de vida para o paciente e o organismo tende a se adaptar. O que muda é que, como não há mais local para ser armazenada, a produção de bile continua no fígado e, posteriormente, fica gotejando no duodeno.
Quando o procedimento é indicado?
A cirurgia é comum nos casos em que os cálculos biliares aumentam de volume, provocando uma inflamação na região, ou até causando complicações mais graves.
Nesse sentido, a colecistectomia é uma opção sempre que houver sintomas de pedras na vesícula, como, por exemplo, crises frequentes de dor (colecistite crônica), inflamação da vesícula (colecistite aguda) e inflamação do pâncreas (pancreatite aguda).
Contudo, mesmo quando a condição é assintomática, há uma tendência a recomendar o tratamento cirúrgico. Isso porque,, além da cirurgia ser muito segura, há um risco maior de o paciente enfrentar uma crise ao longo da vida.
O procedimento exige preparo?
Após a avaliação pré-operatória e exames, o paciente deve evitar o uso de alguns medicamentos. Além disso, é necessário parar de fumar ou, no mínimo, reduzir o consumo de cigarros por até um mês antes da cirurgia e não consumir alimentos e bebidas que causem irritação gástrica.
Como é a cirurgia?
A colecistectomia pode ser feita por laparoscopia, cirurgia aberta ou radical. A cirurgia laparoscópica é a mais propícia, pois oferece um tempo de recuperação rápido, é menos dolorosa e mais segura.
Diante disso, a técnica consiste na realização de quatro incisões no abdômen do paciente para a introdução dos instrumentos cirúrgicos e da câmera que transmite imagens para o cirurgião. Já o tipo radical é mais comum em casos de câncer de vesícula e consiste na remoção não só do órgão, mas também de parte do fígado e de todos os gânglios linfáticos.
Quais os cuidados pós-operatórios?
Após a cirurgia de retirada da vesícula, o paciente recebe algumas orientações que precisa seguir à risca para garantir o sucesso do tratamento e evitar complicações. Nesse contexto, os principais cuidados são:
- Em função de um possível desconforto ou dor após o tratamento, é necessário ter a ajuda de um familiar ou um amigo para se sentar, levantar ou deitar;
- No período de recuperação, a alimentação precisa ser com pouca ou nenhuma gordura;
- As refeições precisam ser feitas em pequenas porções, principalmente nos primeiros meses;
- Evitar permanecer por muito tempo sentado ou deitado;
- Realização de atividades físicas leves, sem levantamento de peso e sem muito impacto, o que contribui com a circulação sanguínea, acelerando a recuperação;
- No pós-operatório é preciso trocar o curativo diariamente ou, pelo menos, sempre que estiver sujo.
Então, como você pode perceber, a retirada da vesícula biliar é um procedimento simples e exige apenas alguns cuidados pré e pós-operatórios. Se você estiver com a cirurgia programada, tire todas as suas dúvidas com o médico e siga à risca as orientações dele.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!