Refluxo e obesidade

Qual A Relação Entre Refluxo E Obesidade?

A obesidade é uma doença muito presente entre os brasileiros, sendo também considerada um problema de saúde pública mundial. Embora não seja uma condição nova, poucas pessoas sabem ou entendem a relação entre refluxo gastroesofágico e obesidade.

Você sabe como se estabelece a relação? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Ficou interessado? Continue a leitura.

Entenda a relação entre refluxo e obesidade

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando há o retorno do ácido estomacal para o esôfago, provocando irritação nas paredes do órgão. O problema acontece quando há uma falha no esfíncter esofagiano, uma válvula que controla a entrada e a saída de alimentos no estômago.

Em pessoas obesas, o esfíncter tende a não funcionar corretamente, perdendo sua eficácia. Estima-se que uma pessoa com obesidade tenha até 50% a mais de risco de desenvolver o refluxo, quando comparado a uma pessoa com peso ideal.

Isso ocorre porque o excesso de peso diminui a pressão sobre essa válvula. Com isso, a força exercida pela compressão do esfíncter não é suficiente para manter o alimento no esôfago. Assim, o alimento retorna para o esôfago, causando azia, dor ou irritação.

Além disso, essa relação também pode ser causada por uma hérnia hiatal. Essa condição é comum em obesos e pode favorecer o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago. Outra possibilidade são os níveis de estrogênio.

Quando há excesso de peso, os níveis desse hormônio aumentam tanto em homens quanto em mulheres. O estrogênio afeta os níveis plasmáticos de óxido nítrico que, por sua vez, leva ao relaxamento muscular. Em consequência disso, ocasiona o enfraquecimento do esfíncter.

Como evitar o refluxo?

A DRGE é uma condição em que os sintomas são manifestados a partir da presença de alguns gatilhos. Por isso, pode ser evitado a partir da adoção das seguintes medidas:

  • evite deitar-se após as refeições: o ideal é dormir, pelo menos, após 2 horas da última refeição. Assim, é possível evitar a sensação de comida na garganta e contribuir para que a digestão seja completa;
  • alimente-se corretamente: como o excesso de peso está relacionado ao refluxo, o emagrecimento é uma medida que ajuda a evitá-lo. Por isso, promover mudanças na alimentação, consumindo alimentos mais nutritivos e em menor quantidade, é uma importante maneira de não sofrer com o problema;
  • evite o consumo de alimentos que contenham cafeína ou que sejam apimentados;
  • controle o consumo de bebidas alcoólicas;
  • mastigue bem os alimentos.

Como é o tratamento?

Tanto a obesidade quanto a doença do refluxo gastroesofágico precisam ser tratadas. Porém, a prioridade deve ser dada à condição subjacente do excesso de peso corporal. De modo geral, a reeducação alimentar, a prática de atividades físicas e a adoção de um estilo de vida mais saudável são as medidas conservadoras mais indicadas.

No caso da obesidade mórbida ou grave, a cirurgia bariátrica é uma alternativa possível e eficaz. Já os sintomas do refluxo podem ser tratados com medicamentos prescritos e redutores da acidez estomacal.

Então, como você pode perceber, há uma importante relação entre a obesidade e o refluxo. Portanto, se você sofre com alguma dessas condições, procure um médico o quanto antes para iniciar o tratamento.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte! 

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