O refluxo é um dos problemas digestivos que mais afetam pessoas no Brasil, principalmente bebês com até um ano de idade. Mas, para o diagnóstico, não basta apenas a avaliação médica, mas também a realização de exames que oferecem um quadro mais preciso da situação. Conheça mais sobre a doença e quais os tipos de análise feitos para identificá-la.
O que é o refluxo?
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é caracterizada pelo retorno involuntário de todo o conteúdo do estômago para o esôfago. Na maioria dos casos, os alimentos que ingerimos voltam juntamente com o suco gástrico presente na região estomacal.
Os alimentos que mastigamos na boca seguem para a faringe, para o esôfago e chegam, finalmente, ao estômago, onde segue com o processo de digestão. Entre esses dois últimos órgãos, existe uma válvula chamada esfíncter esofágico inferior, cuja principal função é impedir que o suco gástrico volte para o esôfago.
O refluxo acontece quando esse esfíncter apresenta um relaxamento e não consegue manter todo o conteúdo no estômago. Em alguns casos, é uma reação normal do organismo provocada pela ingestão de alimentos que afetam o funcionamento regular dessa estrutura, como molhos de tomate, carnes gordurosas, bebidas com cafeína, chocolate, entre outros.
Já o refluxo gastroesofágico é causado por alterações estruturais no esfíncter ou em partes relacionadas a essa região. Algumas pessoas também apresentam hérnia de hiato, uma protusão causada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago e que se projeta pelo diafragma. Em ambos os casos, o diagnóstico mais preciso é obtido a partir da realização de exames.
Os exames relacionados ao refluxo
Caso o médico tenha suspeitas em relação ao refluxo gastroesofágico, ele deve pedir a realização de exames de imagem a fim de avaliar o problema. O mais comum nesses casos é a endoscopia digestiva, em que um tubo com uma microcâmera é inserido pela boca até o esôfago e o estômago para capturar imagens e analisar as condições dessas estruturas.
Outro exame indicado para o diagnóstico da doença é a pHmetria esofágica, em que uma sonda é colocada no estômago do paciente por 24 horas para medir a intensidade do refluxo gastroesofágico e o nível de acidez.
Em determinados casos, o médico pode solicitar também uma radiografia da região gastrointestinal. Com isso, poderá avaliar a estrutura dos órgãos, a fim de constatar se houve alterações ou descartar outros diagnósticos.
Tratamento
O tratamento clínico é feito por meio de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e facilitam a regeneração dos tecidos lesionados pelas inflamações. Junto a isso, é importante que o paciente promova uma mudança nos hábitos alimentares e evite alimentos que causem refluxo.
Já a cirurgia laparoscópica, considerada bastante eficaz, é indicada para os casos de hérnia de hiato e nas situações em que a pessoa não responde da maneira esperada aos medicamentos ou precisa de reparos no esfíncter. O procedimento é seguro e o paciente recebe alta no dia seguinte.
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