Os pólipos de vesícula são protuberâncias que surgem no interior da vesícula biliar, especificamente na mucosa. Na maioria das vezes, são assintomáticos, identificados de forma acidental durante o diagnóstico ou tratamento de outra enfermidade. A causa para o surgimento dessa alteração é muitas vezes desconhecida, mas sabe-se que há uma relação entre ela e o metabolismo de gordura no corpo.
Além dessa relação, também já foi observada uma possível indicação genética, sendo, então, indicada a investigação no caso de históricos familiares. Mas, de qualquer forma, a presença dos pólipos é bastante comum.
Eles são majoritariamente benignos, e o paciente não precisa passar por nenhum tipo de tratamento durante boa parte da vida, desde que seja observado, com exames regulares. No geral, são pólipos benignos inflamatórios ou de colesterol.
Alguns deles, entretanto, podem ser pré-malignos ou malignos de uma vez. O câncer na vesícula biliar é bem raro, mas ainda assim possível. Pólipos da categoria de adenomas, apesar de serem benignos, têm maiores chances de se converterem em um câncer.
O diagnóstico é feito através de exames de imagem, primeiramente, como mencionamos, muitos deles são encontrados de forma acidental, em especial por meio de ultrassonografias do abdômen.
Não é possível identificar se as protuberâncias são benignas ou malignas apenas em um exame acidental, mas o médico avalia uma série de fatores, como a quantidade dos pólipos e principalmente o tamanho deles. Aqueles que possuem mais que 2 cm são quase sempre cancerígenos. O diagnóstico pode ser aperfeiçoado com exames mais refinados, como a tomografia ou a ressonância magnética.
Tratamento dos pólipos de vesícula
Há essencialmente 2 tipos de tratamento médico para os pólipos vesiculares: o cirúrgico e o puramente de acompanhamento. Neste último caso, são realizados exames periódicos de imagem, provavelmente ultrassons, para avaliar o comportamento dos pólipos, se mudam de tamanho ou se multiplicam-se, por exemplo. Se eles permanecerem iguais, não haverá necessidade de nenhuma intervenção.
Todavia, se os exames mostrarem alguma ação suspeita, será uma indicação do risco de desenvolvimento de câncer. Por isso, o paciente será encaminhado para cirurgia, para a retirada preventiva da vesícula. A cirurgia poderá ser laparoscópica (minimamente invasiva) ou não.
Outra razão para a cirurgia é quando há pedras na vesícula — muitas vezes essa é a razão pela qual os pólipos foram descobertos. Isso porque a retirada deles ajuda a reduzir a reincidência de crises de pedras.
Há ainda outra forma de colaborar no tratamento e em casa mesmo: com a alimentação certa. Como a vesícula trabalha com gordura, a dieta ideal para esses pacientes é com pouquíssima gordura.
O melhor é evitar muita proteína animal (de qualquer tipo de carne), molhos e frituras e preferir os alimentos sempre cozidos. Os pólipos de vesícula não serão alterados, mas essa mudança de hábito requisita menos o trabalho vesicular. Quem por acaso apresenta sintomas vai preferir a alteração no cardápio, para evitar a dor.
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