Você sabe como se formam as pedras na vesícula? Primeiro, é importante conhecer a função desse órgão. A vesícula armazena a bile produzida pelo fígado.
Esse líquido contém, entre outras substâncias, o colesterol. Na vesícula, a bile do fígado mistura-se com líquidos drenados do pâncreas, sendo, posteriormente, lançada no duodeno (sempre que ingerimos alimentos). Quando não há alimentação, a bile fica guardada na vesícula.
O problema é que a bile, por si mesma, já é um líquido relativamente concentrado. A principal teoria é uma dismotilidade da vesícula. Quando ocorre uma redução na quantidade de água que bebemos diariamente aumentam os componentes da bile como o colesterol, pigmentos e bicarbonato.
A bile fica com aspecto gelatinoso, grosso, como uma lama. Em condições normais, o organismo tem condições para reduzir a quantidade de lama biliar, porém, quando esse processo torna-se contínuo, a formação de pedra na vesícula é inevitável.
Alguns fatores podem potencializar a formação dos cálculos biliares:
- O estrogênio produzido na gestação, menopausa ou em consequência de tratamentos de reposição hormonal provoca a saturação da bile
- Obesidade e envelhecimento
- Diabetes, cirrose e anemia falciforme
- Sedentarismo
Sintomas da pedra na vesícula
- Dores depois das refeições: isto acontece quando as pedras já obstruíram as vias biliares. A vesícula tenta expelir a bile com força, o que causa forte dor no lado direito do corpo. A dor só passa quando os alimentos deixam o duodeno
- Colecistite: A bile acumulada na vesícula desencadeia um processo infeccioso. A inflamação da vesícula causa vômitos e febre
- Coledocolitíase: Acontece quando as pedras migram da vesícula, porém, não conseguem passar pelos canais de drenagem da bile. Neste caso, se houver refluxo de bile ao fígado, irão surgir outros sintomas como a icterícia (amarelamento dos olhos e da pele)
- Colangite: É uma infecção gravíssima que pode ser fatal se não for tratada no tempo certo. Desenvolve-se quando há acúmulo de bile na vesícula
- Olhos e pele amarelados (icterícia)
- Inchaço do abdômen e formação de gases
- Azia, tontura, enjoo e disfunções no processo de digestão
- Diarreias frequentes e fezes muito claras
- Gosto anormal na boca e mau hálito
Diagnóstico e tratamento da pedra na vesícula
Sendo a dor o sintoma mais comum em casos de pedra na vesícula, o médico, a partir do relato do paciente, solicitará o ultrassom para detectar cálculos biliares. Cintilografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada são exames de imagem mais avançados para fechar o diagnóstico.
Se a formação de pedras na vesícula estiver associada ao excesso de colesterol, o médico pode prescrever um tratamento à base de remédios. A litotripsia é um método que utiliza ondas de choque para quebrar as pedras. No entanto, outras pedras podem surgir na vesícula.
A remoção cirúrgica da vesícula é o tratamento mais indicado. A operação pode ser feita pelo método convencional ou por laparoscopia, que é menos invasiva, propicia um pós-cirúrgico mais tranquilo e com baixo risco de infecção.
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