Lipossarcoma no fígado

Lipossarcoma no fígado: o que é?

Quando falamos de um lipossarcoma no fígado, não estamos nos referindo a uma única condição que acomete o órgão, mas de várias formas de tumores, benignos e malignos, mais suscetíveis às recidivas e metástases.

Você já ouviu falar nesse quadro? Quer saber mais sobre ele? Então, está no lugar certo. Neste artigo explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito da condição.

Entenda o lipossarcoma

Enquanto os sarcomas são tumores que acometem as partes moles, como os músculos, cartilagens e nervos, o lipossarcoma atinge especificamente as células de gordura que formam o tecido adiposo.

Estima-se que surjam cerca de 3500 novos casos dessa condição por ano no Brasil, sendo mais comum entre adultos com mais de 40 anos. Embora possa se desenvolver em qualquer célula formadora de gordura, os locais mais comuns são as regiões profundas dos braços e das pernas.

Por ser de crescimento lento e indolor, o lipossarcoma passa despercebido por muito tempo, dificultando o diagnóstico. Com isso, o tratamento tende a ser iniciado quando o quadro está em estágio avançado.

Quando surge na região abdominal, entre os órgãos, o diagnóstico é mais difícil. Isso porque o abdômen tem capacidade para acomodar uma massa tumoral de forma imperceptível por mais tempo.

Quando acomete o fígado?

Apesar de o lipossarcoma comumente se desenvolver nos tecidos moles mais profundos das extremidades, raramente pode acometer alguns órgãos, como o fígado. Esse tipo se assemelha aos outros, sendo um tumor com coloração amarelo-acinzentada, com tecido ao seu redor, formando uma espécie de camada fina.

Quais as causas mais comuns do lipossarcoma?

Em suma, os lipossarcomas ocorrem quando há um erro no DNA de células saudáveis, que passam a se multiplicar rapidamente. Por ser um câncer de tecidos moles, considera-se como fatores de risco:

  • histórico de exposição à radiação frequente na região abdominal;
  • histórico familiar de câncer associado à genética;
  • exposição a produtos químicos cancerígenos;

Contudo, diferente de outras neoplasias malignas, os lipossarcomas não guardam nenhuma relação com tabagismo, má alimentação ou outros fatores associados ao estilo de vida. 

Quais os sintomas mais frequentes?

Os sintomas variam conforme a região ou órgão acometido. Quando localizado na região abdominal, o tumor pode acometer a membrana que reveste os órgãos, chamada de retroperitônio, e causar ganho de peso, dor e inchaço, constipação, fezes com sangue ou dificuldade para urinar.

Além disso, um lipossarcoma no fígado pode provocar perda de apetite, dor incômoda, fadiga, afundamento do fígado, perda de peso e soluços. À medida que o tumor ganha volume, a dor se torna mais aguda.

Existe tratamento para o lipossarcoma?

Assim como ocorre com outros cânceres, a melhor forma de tratar um lipossarcoma hepático é com a remoção cirúrgica do tumor e dos tecidos ao seu redor. Quando necessário, o médico pode indicar sessões de quimioterapia ou radioterapia.

Ainda, o tratamento é considerado conservador quando remove apenas o tumor, preservando o membro. Porém, em alguns casos é preciso optar pela cirurgia com amputação, onde se retira o tumor, alguns tecidos saudáveis e o membro afetado.

Enfim, por não ter suas causas totalmente conhecidas, não é possível prevenir o lipossarcoma no fígado. Neste sentido, o melhor a se fazer é manter uma rotina de cuidados para favorecer o diagnóstico e tratamento precoce.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte! 

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