Conforme envelhecemos, ficamos cada vez mais suscetíveis a doenças, como é o caso do lipossarcoma, uma neoplasia própria de pacientes adultos, com pico de incidência entre a faixa etária de 40 a 60 anos.
Você já ouviu falar nessa condição? Sabe como ela é causada? Então, recomendamos a leitura deste post. Nele, explicaremos os principais tópicos a respeito do tema.
Entenda mais sobre o lipossarcoma no fígado
O termo “lipossarcoma” se refere a um conjunto de processos neoplásicos que envolvem desde lesões benignas a lesões malignas mais agressivas, com maiores chances de recidivas e metástases.
Ainda, o lipossarcoma é um tumor que deriva de células primitivas e, geralmente, se localiza nos tecidos moles mais profundos das extremidades, especialmente na região da coxa. No entanto, o fígado também pode ser acometido, mesmo que raramente.
Ademais, o lipossarcoma primário hepático se assemelha a outros lipossarcomas. O tumor se caracteriza por uma superfície amarelo-acinzentada, com tecido ao seu redor, formando uma espécie de envelope de camada fina incompleta.
Como é causado?
Tradicionalmente, os lipossarcomas ocorrem quando as células previamente saudáveis desenvolvem erros em seu DNA e passam a se multiplicar desorganizadamente. Porém, as causas para essa ação não estão totalmente explicadas.
Além disso, não existem fatores de risco conhecidos para esse câncer, mesmo o tabagismo e a má alimentação não exercem influência para o seu desenvolvimento. Porém, é uma neoplasia comum em pessoas com mais de 50 anos.
De modo geral, existem 4 lipossarcomas: bem diferenciado, mixóide, desdiferenciado e pleomórfico. Após a identificação do tipo e o seu estadiamento, o médico poderá indicar o tratamento mais adequado, aumentando as chances de cura.
Quais são os sintomas?
A localização dos lipossarcomas é fundamental para os sintomas apresentados. Quando localizado na região abdominal, o tumor pode se desenvolver no retroperitônio, membrana que reveste os órgãos.
Nesses casos, o paciente apresenta ganho de peso, dor e inchaço no estômago, constipação ou fezes com sangue e dificuldade para urinar. Então, se o tumor aumentar de tamanho, pode pressionar órgãos vizinhos, afetando o funcionamento deles.
Ainda, o lipossarcoma primário hepático também pode provocar perda de apetite, dor incômoda, fadiga, afundamento do fígado, perda de peso e soluços. À medida que o tumor ganha volume, a dor se torna mais aguda.
Como é o tratamento?
Assim como outros sarcomas de tecido mole, trata-se o lipossarcoma com cirurgia. Assim, o objetivo do procedimento é retirar completamente o tumor e prevenir recidivas. A ressecção cirúrgica pode ser feita de 4 principais formas:
- intralesional: por meio de curetagem para a remoção parcial do tumor;
- marginal, deixando pequenos resíduos;
- ampla: remoção do tumor e do tecido adjacente que o circunda;
- radical: quando se retira todo o compartimento.
Nesse sentido, a combinação da cirurgia com radioterapia ou o uso da quimioterapia no tratamento do lipossarcoma no fígado ainda é objeto de discussão. Por isso, sua utilização é individualizada, de acordo com cada caso.
Então, com a leitura deste post, você conheceu os tópicos mais relevantes sobre a presença de um lipossarcoma no fígado. Portanto, caso perceba alguns dos sintomas mencionados, converse com seu médico para receber a orientação adequada.
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