hérnia epigástrica

Hérnia epigástrica: sintomas, causas e tratamento

De acordo com pesquisas do Ministério da Saúde, 3 a 8% dos brasileiros apresentam algum tipo de hérnia na região do abdômen. A hérnia corresponde ao escape de uma víscera através da parede abdominal, geralmente refletindo o enfraquecimento, afastamento ou a ruptura da musculatura do abdômen. Um exemplo é a hérnia epigástrica, mais comum em homens, com idades entre 20 e 50 anos.

A hérnia epigástrica ocorre na linha média do abdômen (Linha Alba), entre o umbigo e o tórax. Ela ocorre quando uma fraqueza dos músculos abdominais permite que os tecidos se desloquem através do músculo. O seu surgimento está relacionado diretamente com problemas durante a formação dessa linha, portanto, trata-se de um problema congênito.

A hérnia epigástrica pode, também, se desenvolver na idade adulta. Nesse caso, é resultado de uma fraqueza da parede abdominal, levantamento de objetos pesados, tosse, prisão de ventre ou excesso de peso.

Sintomas

Na maioria dos casos, principalmente quando é pequena, a hérnia epigástrica não apresenta sintomas. No entanto, quando começa a escapar pelos orifícios do abdômen, pode ser reconhecida com abaulamento na região ou causar muita dor.

A dor costuma piorar durante esforço físico ou quando a parede do abdômen é contraída rapidamente no momento da tosse ou evacuação. A pressão feita ao colocar a mão na boca e soprar, exame típico realizado em jovens durante o alistamento militar obrigatório, também pode indicar a presença de hérnias.

Se houver dor ao toque ou se a pele ficar avermelhada, sendo esses sinais acompanhados de náusea, vômito e dor, pode ter ocorrido o estrangulamento da hérnia, situação que requer uma avaliação médica de urgência.

Tratamento

Apesar de alguns medicamentos serem usados para amenizar a dor, o único tratamento para a hérnia epigástrica é a cirurgia. Esta consiste na reparação da região abdominal que está enfraquecida e o retorno dos elementos que extravasaram para o interior da cavidade abdominal.

Existem dois tipos de cirurgia, que dependem da dimensão da hérnia. Para as hérnias menores, a cirurgia por via laparoscópica (através de pequenas incisões) é a mais indicada. No caso de hérnias maiores, recorre-se a uma técnica clássica, por via abdominal.

A recuperação pós-cirurgia da hérnia epigástrica, normalmente, é rápida. Na maioria dos casos, a alta hospitalar é no mesmo dia ou no dia seguinte, mas devem-se seguir algumas orientações médicas. Na fase inicial, convém evitar esforços que provoquem um aumento da pressão abdominal, como tossir, espirrar, chorar, vomitar, movimentos súbitos, esforço durante a evacuação.

Apesar de se tratar de um procedimento simples, pode haver dor, lesão de nervo, infecção e, às vezes, recidiva da hérnia. Por isso, é importante manter o acompanhamento médico, observar os sintomas e a área operada.

 

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