A gastrectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total ou parcial do estômago. Essa intervenção pode ser indicada como tratamento para uma série de patologias, dentre as quais, estão:
- câncer de estômago;
- tumores benignos de estômago;
- úlceras em estágio avançado;
- obesidade que acarrete risco de vida.
Mesmo quando o indivíduo apresenta uma das condições consideradas pré-requisitos mencionadas acima, é fundamental que ele realize uma série de exames prévios. Além de exames de sangue, é necessário verificar o funcionamento do organismo e o histórico de saúde do candidato à gastrectomia. Somente após o especialista avaliar os resultados dessa bateria de testes, o paciente poderá se submeter à operação sem riscos adicionais.
Uma vez habilitado para o tratamento, o profissional responsável e o paciente determinam a abordagem mais adequada para o quadro em questão. Na atualidade, as duas técnicas viáveis são: cirurgia a céu aberto e cirurgia por laparoscopia. A seguir, falaremos em mais detalhes sobre os dois métodos.
Tipos de cirurgia de remoção de estômago
Na cirurgia a céu aberto, executa-se uma grande incisão (corte) para se alcançar a região estomacal. Esse procedimento é mais recorrente em indivíduos com câncer de estômago.
Por sua vez, a cirurgia laparoscópica ocorre a partir de pequenas incisões. Consequentemente, a dor costuma ser menor e a recuperação é mais rápida.
Independentemente da metodologia empregada, utiliza-se a anestesia geral no procedimento. Em média, a operação leva de 2 a 3 horas e requer a prescrição de analgésicos no período pós-cirúrgico.
Existem 3 categorias de cirurgia de estômago, as quais apresentam resultados distintos e são recomendadas caso a caso. São elas:
- parcial: nesse tipo de procedimento, retira-se a metade do estômago inferior;
- total: é indicada em casos de pessoas com úlceras crônicas ou câncer no estômago e, como o nome indica, consiste na remoção completa do órgão;
- manga ou vertical: por fim, cabe mencionar a cirurgia manga ou vertical, caracterizada pela extração exclusiva do lado esquerdo do estômago. Representa também a abordagem mais comum, tendo em vista a orientação dela para o tratamento de obesidade mórbida. Nesse cenário, remove-se cerca de 85% do estômago e da grelina, substância associada à vontade de comer.
Quando é efetuada uma gastrectomia parcial, a parte que resta do estômago é unida ao intestino delgado. Já se for preciso retirar o estômago por completo, o esôfago é anexado diretamente ao intestino delgado do operado. É válido apontar aqui que a cirurgia é irreversível e, sendo assim, demanda mudança de postura, sobretudo em termos de alimentação. Por isso, é imprescindível o acompanhamento de um nutricionista na equipe.
Espero ter deixado claro quais são as indicações para a gastrectomia e também quais são os métodos mais utilizados.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!