doenças do aparelho digestivo

4 doenças do aparelho digestivo associadas à obesidade

Estima-se que até 2025 cerca de 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, segundo previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de causar importantes prejuízos na vida do paciente, pode favorecer o desenvolvimento de doenças do aparelho digestivo.

Já ouviu falar nisso? Então, recomendamos a leitura do artigo. A seguir, explicaremos tudo sobre as principais condições associadas ao excesso de peso corporal.

1) Doença do Refluxo Gastroesofágico

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição que se caracteriza pelo retorno involuntário e constante do conteúdo gástrico para o esôfago, provocando uma intensa irritação na região. 

Ainda, o problema ocorre quando há o mau funcionamento da válvula que impede o retorno dos alimentos do estômago para o esôfago, chamada esfíncter esofagiano. Entre as principais condições que podem provocar esse defeito estão: hérnia de hiato, maus hábitos alimentares, tabagismo, uso de anti-inflamatórios não esteroides e de ácido acetilsalicílico.

2) Pancreatite

Trata-se de uma doença inflamatória causada pela digestão do parênquima pancreático por suas próprias enzimas em função da presença de cálculos biliares, consumo excessivo de álcool, alterações anatômicas, traumas pós-operatório, infecções, entre outros.

Ainda, a pancreatite, quando aguda, está relacionada a diferentes fatores, como obesidade, pancreatite hereditária, hiperparatireoidismo, hipercalcemia, infecções virais e fibrose cística. Na forma grave, pode levar a hipotensão arterial, insuficiência respiratória e renal, e sangramentos do trato gastrointestinal.

No que se refere aos sintomas, o paciente pode manifestar dor epigástrica ou no abdome superior, vômitos, náuseas, febre, distensão abdominal, icterícia e taquicardia. Dessa forma, a obesidade também é um importante fator de risco para a pancreatite.

3) Cálculos biliares

Os cálculos biliares ocorrem pelo desequilíbrio na composição da bile, que fica mais concentrada, se solidificando e acumulando, formando os cálculos.

Além disso, a bile é uma substância produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Sua função é atuar no processo de digestão das gorduras dos alimentos. Sendo assim, caso haja uma alteração na sua composição, pode se acumular, formando os cálculos biliares.

Essa condição, chamada também de colelitíase, pode acometer até 10% da população, sendo mais comum em adultos na faixa dos 40 aos 60 anos. Assim, a obesidade é um importante fator de risco para a formação dessas pedras, especialmente as mulheres.

4) Esteatose hepática

A gordura no fígado, como é chamada, vem se tornando um problema cada vez mais frequente entre a população. Assim, surge quando as células e os espaços do fígado ficam cheios de gordura, deixando o órgão mais volumoso e pesado.

Quando não tratada, a esteatose hepática pode evoluir para uma inflamação que inicia um processo de fibrose do órgão. Dessa forma, o paciente desenvolve uma cirrose hepática que pode progredir para um câncer de fígado.

Ademais, a gordura no fígado pode ser alcoólica ou, deviso à combinação de má alimentação, sedentarismo, obesidade, diabetes e níveis altos de colesterol e triglicerídeos.

Enfim, como você pode perceber, a obesidade favorece o desenvolvimento de uma série de doenças do aparelho digestivo. Por isso, é preciso adotar medidas preventivas, controlando o peso corporal e mantendo um estilo de vida saudável.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Então, leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte! 

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