O esôfago é um órgão muscular, em formato de tubo, responsável por transportar os alimentos e líquidos até o estômago. Assim como qualquer outra parte do corpo, o esôfago pode ser acometido por lesões que levam a diversas complicações, como a doença de Barrett.
Você já ouviu falar nela? Sabe como o quadro se desenvolve? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito dessa condição.
Entenda mais sobre a doença de Barrett
Embora faça parte do trato digestivo, o esôfago é composto por um tecido diferente daquele encontrado na parede estomacal e no intestino. Em decorrência de um refluxo gastroesofágico crônico, a mucosa do órgão pode sofrer alterações, desencadeando a doença de Barrett.
Ainda, essa condição é duas vezes mais frequente em homens brancos, principalmente entre aqueles que fumam e/ou que consomem bebidas alcoólicas em excesso. O maior perigo dessa doença é que pode evoluir para um adenocarcinoma de esôfago, um tipo de câncer.
Por isso, assim que a patologia é diagnosticada, o paciente precisa iniciar o tratamento o quanto antes. Além disso, recomenda-se o acompanhamento regular com o médico com o objetivo de reavaliar a lesão.
Quais são as causas?
O esôfago de Barrett, como também é chamada a doença, é considerado uma complicação do refluxo gastroesofágico. Isso porque, a exposição frequente da mucosa do órgão ao conteúdo estomacal leva a uma inflamação crônica, alterando as células que compõem o tecido local.
Como o esôfago é composto por diferentes camadas de tecidos, ele não conta com as mesmas proteções que as paredes estomacais. Assim, fica mais suscetível às inflamações pelo contato com os ácidos digestivos.
Além disso, existem alguns fatores que aumentam as chances de um indivíduo desenvolver essa condição, como, por exemplo, a hérnia de hiato. Outrossim, aqueles que possuem casos de câncer de esôfago na família precisam realizar exames de rastreio frequentemente.
Quais são os sintomas?
A doença de Barrett não se caracteriza pela presença de sintomas específicos para a condição. Neste sentido, os sinais que tendem a estar presentes estão relacionados à doença do refluxo gastroesofágico e à esofagite.
Neste sentido, alguns dos sintomas mais frequentes são: azia, queimação, regurgitação, sensação de desconforto na região do tórax, dor na garganta ou na boca do estômago, sabor amargo ou metálico na boca, arrotos constantes, rouquidão, sensação de queimação e tosse frequente.
Como é o tratamento?
O esôfago de Barrett é um tipo de lesão esofagiana provocada pela recorrência do refluxo gastroesofágico. Por isso, o gastroenterologista é o especialista mais indicado para o tratamento.
Geralmente, a principal orientação médica é o uso de medicamentos específicos para reduzir a acidez no estômago, como os inibidores de prótons e os antagonistas do receptor 2 de histamina.
Além disso, o paciente precisará alterar seu estilo de vida, adotando hábitos saudáveis de alimentação, com uma dieta que facilite a digestão e reduza a frequência do refluxo. Quando essas medidas não surtirem o efeito esperado, podem ser necessárias outras ações.
Por exemplo, a realização da ablação por radiofrequência para eliminar as lesões no esôfago ou de cirurgia. Neste último caso, o objetivo é construir um novo esfíncter esofagiano ou até remover o revestimento interno do órgão.
Então, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre a doença de Barrett, suas causas, sintomas e alternativas de tratamento. Portanto, caso perceba algum desconforto relacionado ao quadro, procure um médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!