colelitíase

Como prevenir a colelitíase

O objetivo deste artigo é mostrar ao leitor como é possível fazer a prevenção da colelitíase, mais vulgarmente conhecida como pedra na vesícula — apesar de pelo menos 10% dos casos de formação de cálculos biliares ocorrerem fora da vesícula, nos ductos que ligam ao fígado ou este último ao duodeno.

O fígado é o órgão que produz a bile, uma substância líquida, que tem a função principal de fazer a digestão das gorduras no intestino delgado. O duodeno é a porta de entrada do intestino delgado, responsável por receber os alimentos vindos do estômago e as enzimas enviadas pelo fígado e pelo pâncreas para atuarem no processamento desses alimentos, os quais serão transformados em nutrientes para o corpo ou descartados.

Parte da bile produzida no fígado é enviada diretamente para o duodeno. Outra parte é armazenada pela vesícula. Para poder guardar a bile, a vesícula retira parte da água, de modo a concentrar mais dessa substância, que é formada por diversos elementos, sendo 85% deles água. O restante da composição é 10% de bicarbonato de sódio e outros sais, 3% de bilirrubina — substância responsável por dar às fezes a cor característica —, 0,7% de sais orgânicos e 0,3% de colesterol.

Os cálculos biliares ocorrem quando há um desequilíbrio nessa distribuição de componentes, principalmente do colesterol. No interior da vesícula, o líquido pode ganhar a consistência de lama e, mais à frente, começar a formar pequenas pedras, cujo tamanho pode ir do equivalente a 1 grão de areia ao equivalente a 1 noz.

Causas da colelitíase

A causa exata da formação das pedras na vesícula ainda não foi esclarecida pela medicina, mas há algumas associações.

Há 5 fatores que são apontados como de risco para o aparecimento dos cálculos biliares: fertilidade, sexo feminino, mais de 40 anos, obesidade e herança genética.

A fertilidade e o gênero como fatores de risco estariam ligados a um hormônio, chamado estrogênio, responsável pelos traços e pela fertilidade feminina, razão pela qual a mulher está mais exposta ao problema durante a fertilidade, antes da menopausa e na gravidez. Usuárias de pílulas anticoncepcionais, que contêm estrogênio, também correm risco.

A obesidade é considerada o principal fator de risco, devido ao alto índice de gorduras e colesterol no organismo, o que afetaria o equilíbrio da concentração do suco biliar na vesícula.

Prevenção do problema

Pelo menos 2 variáveis podem ser controladas, no sentido de fazer a prevenção. São elas: o estrogênio e a obesidade. Quanto ao estrogênio, mulheres que usam pílula ou fazem reposição hormonal devem manter vigilância e evitar a ingestão de alimentos gordurosos. Quanto à obesidade, vale lembrar que ela é fator de risco para uma série de doenças. Sendo assim, fazer tratamento para emagrecer é uma forma de prolongar a vida e evitar o principal indutor da colelitíase.

Conhecer os sintomas é outra forma não apenas de prevenir o aparecimento do mal, mas também de saber a hora de procurar um médico. Os sintomas mais comuns da colelitíase são cólica, dor forte do lado direito do abdômen, náuseas, vômitos e inchaço abdominal. Em alguns casos, pode haver mudança na cor das fezes e da urina — a 1ª ficando clara e a 2ª, escura —, icterícia, febre, dores de cabeça e calafrios.

Quer saber mais?  Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!

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