A formação de cálculos na vesícula é uma condição presente em mais de 10% da população ocidental, sendo um percentual que aumenta de acordo com a idade dos pacientes. Na maioria dos casos sintomáticos, a cirurgia para retirada da vesícula é a melhor alternativa de tratamento.
Você sabe como funciona o procedimento ou quando é recomendado? Então, continue a leitura deste post. A seguir, explicaremos tudo sobre o assunto.
O que é a cirurgia para retirada de vesícula?
A colelitíase, nome que designa a presença de cálculos na vesícula, ocorre em função da maior concentração da bile armazenada no órgão, fazendo com que se formem cristais de colesterol.
Geralmente, esses cristais são eliminados espontaneamente nas fezes. Porém, quando se apresentam em tamanhos maiores, podem obstruir os ductos biliares, provocando fortes cólicas e problemas digestivos.
Nesses casos, a melhor alternativa de tratamento é a realização da cirurgia para retirada da vesícula, chamada de colecistectomia. Desse modo, elimina-se a obstrução e a inflamação na região, evitando complicações.
É possível viver sem a vesícula?
Sim. Apesar de desempenhar a importante função de armazenar a bile, a ausência da vesícula não traz riscos de vida para o paciente e o organismo tende a se adaptar. Na verdade, o que muda é que, como não há mais local para ser armazenada, a bile continua a ser produzida pelo fígado e, posteriormente, fica gotejando no duodeno.
Ainda, em alguns casos, esse contato contínuo do intestino com a bile pode causar irritações, que são tratadas com uso de medicamentos. Ademais, o paciente pode ter um mal-estar ao ingerir alimentos ricos em gorduras.
Quando a colecistectomia é indicada?
Na maioria absoluta dos casos, a colecistectomia é recomendada para os casos em que os cálculos biliares provocam uma inflamação na região ou podem causar complicações mais graves.
No entanto, antes da cirurgia, podem ser prescitos medicamentos para tentar conter o processo inflamatório. Além disso, quando os cálculos migram para os ductos biliares ou em casos de infecção, a cirurgia para retirada da vesícula também é indicada.
Como é o procedimento?
A colecistectomia é realizada quando a vesícula está doente e já não consegue mais executar suas funções. Então, o órgão precisa ser removido. Para isso, existem três tipos de técnicas: laparoscopia, cirurgia aberta ou radical.
Ainda, a colecistectomia laparoscópica consiste na realização de quatro incisões no abdômen do paciente para a introdução dos instrumentos cirúrgicos e da câmera que transmite imagens para o cirurgião. Desse modo, a vesícula é removida de forma rápida e menos dolorosa.
Ademais, a cirurgia aberta é o modo tradicional, exigindo um corte na região abdominal para a manipulação dos órgãos e a retirada da vesícula. Por último, a colecistectomia radical é indicada em casos de câncer de vesícula e consiste na remoção não só do órgão, mas também de parte do fígado e de todos os gânglios linfáticos.
Portanto, a cirurgia para retirada da vesícula é um procedimento realizado com certa frequência e, na maioria dos casos, não provoca complicações, sendo de rápida recuperação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!