cirurgia metabólica

Cirurgia metabólica na remissão de diabetes tipo 2

Embora não seja tão popular quanto a bariátrica, a cirurgia metabólica é segura e muito utilizada para o tratamento da obesidade grau 1 e também para a remissão de diabetes tipo 2.

Quer saber mais sobre este procedimento? Então, recomendamos a leitura deste texto. Nele, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito do assunto e sobre o impacto dessa cirurgia no tratamento das doenças metabólicas.

O que é a cirurgia metabólica?

É um procedimento com regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM), semelhante à cirurgia bariátrica, pois também se aplica para o tratamento da obesidade e doenças associadas.

Ainda, a cirurgia metabólica pode ser feita de duas formas: bypass gástrico com reconstrução em Y de Roux ou gastrectomia vertical. No primeiro caso, o paciente é submetido ao grampeamento de parte do estômago e desvio do intestino inicial.

Com isso, há uma redução do espaço para o alimento e um aumento na produção de hormônios da saciedade, diminuindo a fome. Com isso, promove o emagrecimento e também o controle do diabetes e de outras patologias.

Já a gastrectomia vertical, ou sleeve, é um procedimento mais restritivo e consiste na transformação do estômago em um tubo com capacidade de 80 a 100 ml. Por isso, é uma técnica indicada apenas quando o paciente não pode realizar o bypass gástrico.

Quem pode realizar?

Para realizar a cirurgia metabólica não basta apenas ter o diagnóstico de diabetes tipo 2. Assim como a cirurgia bariátrica, existem outros requisitos que o paciente precisa cumprir para ser considerado apto ao procedimento. São eles:

  • IMC entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2;
  • diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 há, pelo menos, de 10 anos;
  • idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos;
  • apresentar laudo médico que ateste a não adaptação do paciente a outras formas de tratamento do diabetes;
  • histórico de consultas com endocrinologista por, pelo menos, 2 anos;
  • não apresentar nenhuma contraindicação.

No que se refere à contraindicação, a cirurgia metabólica não deve ser realizada por pessoas com diabetes tipo 1, que fazem uso abusivo de álcool ou drogas, que apresentam alguma doença psiquiátrica não controlada, que não se comprometam com o tratamento ou que não compreendam os riscos e benefícios do tratamento.

Como a cirurgia atua na remissão do diabetes tipo 2?

Em suma, o diabetes é uma doença silenciosa, o que faz com que muitas pessoas não saibam que têm o diagnóstico do quadro. Quando os primeiros sintomas surgem, a doença tende a estar em um estágio avançado.

A cirurgia metabólica é reconhecida pelo CFM como uma opção terapêutica para portadores do diabetes mellitus tipo 2 com obesidade leve. Isso ocorre porque o procedimento altera os mecanismos de fisiologia gastrointestinal envolvidos na regulação metabólica.

Pois, nesse processo, podemos citar os hormônios intestinais, ácidos biliares e microbiota intestinal. Como resultado há um aumento da secreção e da sensibilidade à insulina, perda de peso e maior sensação de saciedade.

Segundo estudos, cerca de 30 a 60% dos pacientes apresentam a normalização do diabetes em um período de 1 a 5 anos. Porém, existem situações em que, mesmo após o tratamento, o quadro volta a aparecer.

Enfim, a cirurgia metabólica é um dos principais recursos para o tratamento e remissão do diabetes tipo 2 e obesidade leve. Portanto, se você atende aos requisitos para este procedimento, converse com seu médico sobre a possibilidade de realizá-lo.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!

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