Cirurgia de Sleeve

Como funciona a cirurgia de sleeve

A cirurgia de sleeve, também conhecida como gastrectomia vertical, é uma das modalidades de cirurgia bariátrica, normalmente realizada via videolaparoscopia. Basicamente, ela consiste na remoção de uma determinada parte do estômago e, por isso, é de caráter irreversível.

O nome “vertical” ou “manga” que também são associados à cirurgia de sleeve devem-se ao fato de que o procedimento ocorre por meio de um grampeamento de parte do estômago em sua vertical, restando um tubo gástrico, a exemplo de uma manga de camisa.

Como é feita a cirurgia de sleeve

A cirurgia de sleeve por videolaparoscopia é categorizada como uma cirurgia bariátrica restritiva que faz uso de um dispositivo chamado stapler (grampeador) para a remoção de boa parte da curvatura que envolve o fundo gástrico e parte do corpo do estômago.

Por meio desse procedimento, o médico cirurgião é capaz de transformar o estômago da pessoa em um tubo com dimensões entre 80 e 100 mL de volume. Além disso, ele não produz mais grelina, uma substância que tem como função estimular o apetite.

Com isso, a perda de peso em decorrência da realização desse método cirúrgico torna-se tão eficaz quanto a do popular bypass gástrico. Aliás, a cirurgia de sleeve tem ganhado cada vez mais espaço entre os cirurgiões, tanto que, em algumas regiões, os números atribuídos a ela se equiparam aos apresentados pelo bypass.

No que diz respeito à operação em si, a cirurgia ocorre com anestesia geral e, geralmente, a duração é de duas horas. Entretanto, o período de internação hospitalar costuma ficar em torno dos três dias.

Vimos que a cirurgia de sleeve é realizada por videolaparoscopia, isto é, a técnica requer que pequenas incisões sejam feitas no abdômen do paciente. É por meio delas que os instrumentos e tubos serão inseridos e tudo será feito. Trata-se de um método exclui a necessidade de se fazer cortes grandes na pele.

Quais são as vantagens e desvantagens dessa cirurgia?

Uma das principais vantagens da cirurgia de sleeve é que ela não provoca alterações no caminho feito pelos alimentos no decorrer do tubo digestivo e, por isso, ela tem menos chances de ser associada com uma possível obstrução intestinal ou hérnias internas.

Além disso, por ser menos invasiva, o tempo de recuperação costuma ser menor.

Aqui, cabe uma observação: por não alterar o tubo digestivo, essa técnica não influencia significativamente no processo de cura ou remissão do diabetes tipo 2. Nesse caso, uma alternativa seria a gastroplastia em Y de Roux.

Já as desvantagens estão mais ligadas a condições anteriores apresentadas pelo paciente do que ao procedimento propriamente dito. Por exemplo, caso ele tenha um quadro de refluxo, o problema pode piorar. Por isso, é recomendado que o médico responsável realize todos exames relacionados à fisiologia do esôfago.

Finalmente, ainda uma consideração importante deve ser muito bem analisada e pensada entre o paciente e o médico: como apontamos logo no início, trata-se de um procedimento irreversível e, devido à conformação anatômica do estômago, precisa ser bem avaliada por ambos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte! 

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