A cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução de estômago, tem crescido no Brasil, nos últimos anos, e ajudado milhares de pessoas a aumentar a qualidade de vida
Um estudo divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde (ANS) apontou que o número de indivíduos com excesso de peso e obesidade entre os beneficiários de planos de saúde continua crescente no país. A pesquisa, que foi realizada em 2016, apresentou um crescimento significativo na proporção de adultos usuários de planos de saúde, passando de 46,5% para 53,7% na comparação com 2008, quando o levantamento foi realizado pela primeira vez. Em relação à obesidade, o percentual saltou mais de 40%, passando de 12,5% há dez anos, para 17,7% em 2016.
Uma das possibilidades para reduzir esse quadro é a cirurgia bariátrica, que tem aumentado consideravelmente no Brasil, nos últimos anos. Para termos uma dimensão do crescimento dessa técnica , houve um aumento de, aproximadamente, 40% em quatro anos, passando de 72 mil procedimentos, em 2012, para 100 mil em 2016, conforme informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Tipos de cirurgias
A cirurgia bariátrica reúne técnicas com respaldo científico destinado ao tratamento da obesidade mórbida ou grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal. Um dos principais benefícios do procedimento éa redução dos riscos ao desenvolvimento de doenças associadas à obesidade e à hipertensão, além do aumento da longevidade e a diminuição do risco de mortalidade. Outro ponto positivo é a recuperação da autoestima e da qualidade de vida.
Há três procedimentos básicos em se tratando de cirurgia bariátrica e metabólica. Dessa forma os tipos são: abordagem aberta (videolaparoscopia), robótica e a por procedimento endoscópio – que ainda está em fase de estudos e, em tese, seria menos evasiva e mais confortável para o paciente.
Risco cirúrgico é pequeno
O desenvolvimento de novas tecnologias reduziu drasticamente, os riscos do procedimento. Atualmente, as cirurgias bariátricas têm menos riscos do que uma cesariana, um parto normal ou uma histerectomia (remoção de parte ou da totalidade do útero).
Contudo, apesar do baixo risco, os interessados em fazer o procedimento devem consultar um médico e após a autorização, deve procurar um hospital com estrutura e profissionais habilitados e com experiência comprovada. A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios: IMC, idade, doenças associadas e tempo de doença. Em relação à idade, o procedimento pode ser realizado por pessoas entre 18 e 65 anos.
Além disso, após o procedimento, é essencial o acompanhamento com um especialista. Vale ressaltar que cerca de 15% dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica após cinco anos não conseguem manter os resultados obtidos com redução de peso, processo conhecido como recorrência da obesidade. Os motivos variam e podem ser técnicos, metabólicos e psicológicos. Dessa forma, é extremamente recomendado que o paciente faça acompanhamentos periódicos com nutricionistas e psicólogos para evitar o ganho de peso após a realização do procedimento cirúrgico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!