Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o carcinoma hepatocelular é o câncer de fígado mais comum, ocorrendo em cerca de 80% dos casos. Geralmente, essa patologia se desenvolve a partir de outras doenças hepáticas.
Você conhece as alternativas de tratamento para esta neoplasia? Então, não deixe de ler este post. A seguir, abordaremos os principais tópicos relacionados ao tema, explicando as causas, sintomas e tratamentos.
O que é o carcinoma hepatocelular?
Trata-se de um câncer de fígado que se desenvolve nas células hepáticas, sendo a manifestação mais comum da doença. Quando diagnosticado precocemente, pode ser controlado e até curado.
Por outro lado, a demora na descoberta do tumor pode ser fatal. Geralmente, o carcinoma hepatocelular ocorre em pessoas que apresentam uma cicatrização grave do fígado, chamada de cirrose.
Ademais, outras doenças hepáticas também favorecem o desenvolvimento desta neoplasia, como é o caso das hepatites virais (C e B), doença hepática gordurosa e hemocromatose. Ainda, esse câncer de fígado é considerado como primário, pois se desenvolve no próprio órgão.
Como é causado?
A principal condição associada ao desenvolvimento do carcinoma hepatocelular é a cirrose hepática, uma doença associada ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou à hepatite crônica causada pelo vírus da hepatite B, ou C.
Ademais, nas áreas endêmicas, a esquistossomose (barriga d’água) é um fator de risco. Da mesma forma, a ingestão de grãos e cereais contaminados pelo fungo aspergillus flavus favorece o seu desenvolvimento.
Apesar de a cirrose ser o principal fator de risco para o carcinoma hepatocelular, esse câncer pode ser desenvolvido por pacientes que têm o vírus da hepatite ou com diagnóstico de esteatose, mesmo sem a cirrose.
Quais são os sintomas?
Assim como outras doenças hepáticas, o câncer de fígado é uma doença assintomática nas fases iniciais. Por isso, há uma grande taxa de mortalidade, pois o diagnóstico é confirmado tardiamente.
Ainda, com a evolução da doença, o paciente pode apresentar os seguintes sintomas: dor, aumento de volume do abdômen, amarelamento da pele e dos olhos (icterícia), perda de peso e palpação de uma grande massa na parte superior direita do abdômen.
Como é o tratamento?
O tratamento deste câncer é multidisciplinar, ou seja, envolve o trabalho conjunto de diferentes especialistas, tais como, hepatologistas, radiologistas, cirurgiões e oncologistas. Existem diferentes formas de tratar a condição e algumas delas podem levar à cura.
Ainda, quando o tumor está pequeno, a cirurgia de ressecção é a alternativa mais viável e consiste na retirada do tumor e de parte do tecido saudável de modo a garantir a eliminação das células cancerígenas. Como o fígado pode se regenerar, o seu funcionamento não será alterado.
Ademais, se o tumor estiver grande ou o paciente já apresenta um quadro grave de cirrose, a cirurgia não é a melhor opção. Nesses casos, o transplante de fígado é a maneira mais eficaz de tratar a doença.
Além disso, quando a cirurgia não é uma alternativa segura ou enquanto o paciente aguarda a doação do órgão, é possível controlar a doença através de ações terapêuticas, tais como, radioterapia, ablação por radiofrequência, quimio e radioembolização.
Portanto, como você pode perceber, as chances de cura são maiores quando o carcinoma hepatocelular está em estágio inicial. Por ser de difícil diagnóstico precoce, você precisa se prevenir. Para isso, adote um estilo de vida saudável e abandone hábitos nocivos ao organismo.
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