bolsa de colostomia

Bolsa de colostomia: para que serve?

Você sabe qual é a finalidade da bolsa de colostomia e em quais situações ela é utilizada? Sabe quais são os casos em que ela é temporária e quando deve ser permanente?

Este é um tema cercado de dúvidas. Por isso, preparamos este artigo para esclarecer as perguntas mais comuns acerca do assunto. Confira o material preparado, abaixo.

O que é colostomia?

É um procedimento realizado quando o paciente apresenta obstruções que o impedem de evacuar naturalmente. O estoma intestinal, como é chamada a abertura por colostomia, consiste em exteriorizar uma parte do intestino grosso para a região do abdômen, permitindo que as fezes saiam por outra região. 

Elas são depositadas, então, na bolsa de colostomia – literalmente uma bolsa plástica, adaptada ao corpo do paciente.

Existem três tipos de colostomia:

  • Colostomia ascendente: feita na parte ascendente do cólon, ou seja, do lado direito do intestino grosso;
  • Colostomia transversa: localizada na região entre o cólon ascendente e descendente;
  • Colostomia descendente: feita na parte descendente do cólon, do lado esquerdo do intestino grosso.

Por quanto tempo se deve utilizar a bolsa de colostomia?

Há situações em que a utilização deste recurso  médico é temporária, assim como há casos em que o indivíduo deverá utilizar a bolsa de forma permanente. Abaixo, falaremos um pouco mais sobre estas diferenciações.

Colostomia temporária

Como o próprio nome sugere, é a exteriorização temporária do intestino grosso. Não há consenso em relação ao tempo necessário para se fechar a estoma e retirar a bolsa temporária de colostomia.

Embora sugira-se que, após o tempo de oito a doze semanas, a bolsa deva ser retirada e a incisão fechada, existem outras indicações que não ponderam sobre o tempo limite da técnica. Com isso, espera-se a recuperação total do paciente e a superação do impacto cirúrgico do colostomia.

A bolsa temporária é utilizada em casos de:

  • diverticulite aguda grave;
  • tratamento paliativo para alguns casos de câncer colorretal;
  • desobstrução do intestino (quando uma cirurgia com este fim não é possível no momento), entre outras situações.

Colostomia permanente

A bolsa de colostomia permanente é utilizada quando o paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico de cânceres na região do reto, ou quando passou por problemas que geraram incontinência fecal intratável e severa.

Algumas doenças podem fazer com que o indivíduo tenha que retirar partes significativas do intestino grosso e da mucosa do reto, como a retocolite ulcerativa (RCU). Essa inflamação intestinal promove dores abdominais intensas, além de diarreia e perda de peso. Caso haja a retirada do intestino, o paciente é obrigado a utilizar a bolsa de colostomia de forma permanente.

A polipose adenomatosa familiar do cólon (PAF-C), síndrome hereditária e que oferece ao indivíduo afetado 100% de probabilidade de desenvolver câncer do cólon ou do reto, também pode fazer com que o paciente tenha que se adaptar à bolsa permanente.

Pacientes que precisam lidar com esta realidade devem ser acompanhados por um psicólogo, uma vez que esta é uma alteração que pode ter efeitos na vida social e gerar forte impacto emocional. 

É importante que se compreenda, no entanto, que precisar de uma bolsa de colostomia não impede que o indivíduo mantenha uma série de hábitos cotidianos e que viva normalmente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!

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