No campo da medicina, a cirurgia do fígado desempenha um papel fundamental no tratamento de doenças hepáticas graves, oferecendo esperança e melhor qualidade de vida para pacientes afetados.
Quer saber mais sobre o assunto? No texto a seguir, você encontrará tudo sobre os principais pontos relacionados à cirurgia do fígado, bem como indicações e técnicas. Continue a leitura!
Entendendo mais sobre o fígado
O fígado é um órgão vital localizado na parte superior direita do abdômen, abaixo do diafragma. É responsável por uma série de funções essenciais para o bom funcionamento do corpo humano.
Ele desempenha um papel fundamental na digestão, metabolismo, armazenamento de nutrientes, desintoxicação, produção de bile e síntese de proteínas. Além disso, o fígado também desempenha um papel importante no sistema imunológico, ajudando a defender o corpo contra infecções e doenças.
Quais as doenças que podem acometer o fígado?
Existem diversas doenças que podem afetar o fígado, sendo as mais comuns a hepatite viral, a cirrose, o câncer de fígado e as doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas. A hepatite viral é causada por infecções virais, como os vírus da hepatite B e C, e pode levar à inflamação crônica do fígado.
A cirrose é uma condição em que o tecido hepático saudável é substituído por tecido cicatricial, comprometendo a função hepática. O câncer de fígado pode ser primário, originando-se no próprio fígado, ou secundário, resultante de metástases de outros órgãos.
Cirurgia do fígado: indicações e técnicas
Existem várias situações em que a cirurgia hepática é recomendada, como a remoção de tumores benignos ou malignos, o tratamento de doenças hepáticas avançadas, o transplante hepático e a ressecção de partes do fígado afetadas por lesões ou doenças.
A ressecção hepática é uma das técnicas cirúrgicas mais comuns para tratar doenças hepáticas. Consiste na remoção parcial ou total do fígado afetado. A ressecção pode ser realizada por meio de uma incisão no abdômen (cirurgia aberta) ou por laparoscopia.
A escolha da técnica depende da extensão da doença, da condição do paciente e da experiência do cirurgião. A cirurgia aberta permite uma visão direta do fígado e é preferida em casos complexos, enquanto a laparoscopia oferece uma recuperação mais rápida e menor tempo de internação.
Os transplantes hepáticos são procedimentos complexos que envolvem a substituição do fígado doente por um fígado saudável de um doador falecido ou, em alguns casos, de um doador vivo.Essa técnica é reservada para casos em que a doença hepática é irreversível e não responde a outras formas de tratamento.
Como é realizado o procedimento?
Durante a cirurgia de transplante hepático, o fígado doente é removido e substituído pelo fígado do doador. São realizadas reconexões cuidadosas dos vasos sanguíneos e ductos biliares para garantir o fluxo sanguíneo e a drenagem da bile. A cirurgia pode levar várias horas e requer uma equipe médica altamente especializada.
Como funciona o pós-operatório da cirurgia do fígado?
Após a cirurgia, os pacientes necessitam de cuidados intensivos e um período de recuperação extenso. Eles serão monitorados de perto para garantir a função hepática adequada e prevenir complicações. A reabilitação, o suporte nutricional e o acompanhamento regular serão essenciais durante esse processo.
Por fim, é importante ressaltar que a cirurgia hepática, embora seja uma opção eficaz em muitos casos, apresenta riscos e complicações potenciais, como infecções, sangramento, formação de coágulos sanguíneos, disfunção hepática temporária ou permanente, entre outros.
Cada paciente é único, e a escolha da técnica cirúrgica e o planejamento do procedimento devem ser realizados por um médico especializado, considerando cuidadosamente os benefícios e riscos envolvidos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!