coledocolitíase

O que é a coledocolitíase

Estima-se que a incidência de coledocolitíase seja de 18% a 33% entre os pacientes com pancreatite aguda. Embora tenha relação com a colelitíase, trata-se de uma condição distinta, com causas e sintomas diferentes.

Você já ouviu falar nela? Sabe como é causada? Então, não deixe de ler este post. A seguir, responderemos a todas as suas dúvidas a respeito dessa condição. Ficou interessado? Continue a leitura.

Entenda mais sobre a coledocolitíase

Trata-se de um quadro caracterizado pela presença de cálculos biliares no ducto biliar comum, canal responsável pelo transporte da bile. Em condições normais, a bile é produzida no fígado, armazenada na vesícula biliar e liberada no intestino.

Contudo, quando há essa obstrução, a bile não consegue seguir seu caminho natural, passando a provocar uma série de sintomas. A depender da origem dos cálculos, a coledocolitíase pode ser primária ou secundária.

No primeiro caso, as pedras são formadas no interior do colédoco, ou seja, nascem no próprio ducto biliar. Já o tipo secundário, os cálculos são desenvolvidos no interior da vesícula e migram para o canal.

Com menor frequência, a condição pode ser classificada como residual, quando as pedras passam despercebidas durante a realização da colecistectomia, ou recorrente, quando os cálculos voltam a se formar depois de três anos da cirurgia.

Quais são os sintomas?

A simples presença de pedras nos ductos biliares pode provocar uma série de sintomas, levando até ao desenvolvimento de graves complicações. O sinal mais característico é a dor abdominal em cólica ou contínua, percebida na parte superior do abdômen, no estômago ou nas costas. 

Ademais, os pacientes também podem apresentar outros sintomas, tais como, amarelamento da pele e dos olhos (icterícia), náuseas, vômitos, sudorese, acolia e colúria. Caso haja febre, pode indicar uma infecção (tríade de Charcot). Se houver queda de pressão e confusão mental, é chamada de pêntade de Reynold.

Como é causada?

As causas da coledocolitíase variam de acordo com o tipo. Quando o cálculo se desenvolve no ducto biliar (primária), pode ser causada por uma fibrose cística, infecções das vias biliares ou por divertículos periampulares. Porém, essas causas não estão totalmente elucidadas.

Por outro lado, nos casos em que a doença é secundária, está relacionada aos fatores de risco que contribuem para a formação dos cálculos na vesícula, tais como, predisposição genética, composição da bile, aumento da absorção intestinal de colesterol e alimentação rica em gorduras.

Como é o tratamento da coledocolitíase?

O tratamento da coledocolitíase consiste na retirada dos cálculos que estão obstruindo os canais biliares. Para isso, utiliza-se uma técnica chamada de CPRE (Colangiografia Endoscópica Retrógrada).

Ainda, esse procedimento é o mais realizado, pois é menos invasivo que o tratamento cirúrgico. Porém, caso essa técnica não seja uma opção, a cirurgia pode ser adotada para remover as pedras.

Como o tipo primário é raro, o tratamento consiste em apenas desobstruir os ductos. Por isso, é comum que o médico também recomende a realização da colecistectomia, que é a remoção da vesícula biliar.

Assim, é possível evitar  a formação de novas pedras e, consequentemente, uma nova obstrução dos canais. Além disso, é perfeitamente possível viver sem este órgão, exigindo apenas alguns cuidados extras.

Então, com a leitura deste post, você conheceu tudo o que há de mais relevante sobre a coledocolitíase. Caso esteja apresentando algum sintoma que levante as suspeitas por essa condição, não perca tempo e procure um médico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte! 

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