Apesar de ser uma excelente alternativa para o tratamento da obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica é cercada por muitas dúvidas sobre os riscos e benefícios da sua realização. Por isso, é importante conhecer mais sobre o procedimento.
Neste sentido, preparamos este post para apresentar os principais pontos a respeito do assunto. Então, se deseja saber tudo sobre essa cirurgia, continue a leitura.
O que é a cirurgia bariátrica?
Trata-se de uma alternativa eficaz para o tratamento de pacientes portadores de obesidade mórbida, com ou sem comorbidades. Embora tenha algumas variações, a técnica consiste em reduzir o tamanho do estômago e desviar o caminho do intestino.
Com isso, o paciente sente menos fome, perde a compulsão alimentar e emagrece. Contudo, a cirurgia bariátrica não está disponível para todas as pessoas. Para ser considerado apto ao procedimento, o paciente precisa atender aos seguintes requisitos:
- ser maior de 18 anos;
- no caso de idosos ou pessoas com menos de 18 anos, será realizada uma avaliação individual dos riscos e, no caso de menores, é exigida a autorização do responsável;
- ter o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m₂;
- se houver o diagnóstico de apneia do sono, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana ou osteo-artrites, deve ter o IMC superior a 35 kg/m₂;
- o diagnóstico de obesidade mórbida precisa existir há, pelo menos, dois anos e o paciente precisa ter buscado outras alternativas terapêuticas nesse período;
- não for usuário de drogas ilícitas e nem alcoólatra;
- não possuir diagnóstico de quadros psicóticos, demência grave ou moderada.
Ademais, a cirurgia bariátrica pode ser realizada a partir de diferentes técnicas. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina autoriza apenas a gastroplastia em Y de Roux ou bypass gástrico (GYR), a gastrectomia vertical ou sleeve (GV), a derivação biliopancreática (DBP) e a banda gástrica ajustável.
Como é o pré-operatório?
Independente da técnica utilizada, o pré-operatório da cirurgia bariátrica é o mesmo. O primeiro passo é ser avaliado por um cirurgião para que ele confirme a possibilidade de realizar a cirurgia bariátrica ou não.
Ademais, será necessário realizar alguns exames e passar por diferentes especialistas que compõem a equipe médica. Após ser considerado apto ao procedimento e agendar a data da cirurgia, o paciente precisará iniciar uma dieta especial a fim de reduzir o tamanho do fígado e o excesso de gordura abdominal.
Como é o pós-operatório?
Ao fim do procedimento, o paciente inicia os cuidados pós-operatórios. No primeiro mês, a alimentação é exclusivamente líquida. Em seguida, ela passa a ser pastosa para, enfim, começar a introdução de alimentos sólidos.
Ainda, todo esse processo de transição será orientado e acompanhado por um nutricionista, que também irá indicar a necessidade de suplementação vitamínica a partir da quarta semana após a cirurgia.
Ademais, o paciente também deve buscar suporte de um psicólogo para aprender a lidar com a compulsão alimentar. Isso porque a vontade de comer se inicia na mente e para que a cirurgia ofereça resultados satisfatórios, é preciso que haja uma transformação na maneira de pensar.
Outrossim, nos primeiros meses após a cirurgia bariátrica, o paciente pode sofrer com dor, febre, vômito, inchaços nos membros inferiores, confusão mental e até apatia. Ao apresentar qualquer um desses sinais, é necessário retornar ao consultório médico.
Então, como você pode perceber, a cirurgia bariátrica é um procedimento complexo e que exige disciplina e comprometimento do paciente. Portanto, se você tem interesse em realizá-la, converse com seu médico para saber se atende aos critérios exigidos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!