A úlcera gástrica é um tipo de lesão que afeta o revestimento da parede do estômago. Ela também pode ocorrer no esôfago e no duodeno. Trata-se de uma condição bastante comum, sendo que figura como uma das principais causas para o uso de anti-inflamatórios.
As reclamações mais recorrentes em relação a úlcera gástrica envolvem uma intensa queimação na região estomacal que costuma surgir entre 2 e 3 horas após as refeições. Geralmente, as dores provocadas por essa condição são mais fortes quando a pessoa está de estômago vazio.
Outras reclamações comuns são a perda de peso e de apetite, vômitos, náuseas e uma maior dificuldade na digestão dos alimentos.
Principais causas para a úlcera gástrica
Normalmente, a úlcera gástrica está relacionada a um ou mais dos fatores descritos a seguir:
- Presença da bactéria Helicobacter pylori: ela ataca a mucosa estomacal deixando a pessoa mais vulnerável ao desenvolvimento da doença. Na maioria dos casos, a úlcera tende a sumir quando a infecção é erradicada;
- Histórico familiar: fatores genéticos podem explicar o surgimento das úlceras gástricas;
- Anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico: o uso desses medicamentos de forma intensa e constante pode contribuir para o surgimento de úlceras;
- Fatores emocionais: estresse e ansiedade podem estimular a produção e secreção de ácidos prejudiciais a mucosa estomacal e ao duodeno.
Tratamento para a úlcera gástrica
O tratamento para a úlcera gástrica passa pela eliminação das suas causas, principalmente dos fatores que estão provocando a lesão.
Há medicamentos que são recomendados para aliviar os incômodos causados pela doença, assim como existem aqueles que tem como finalidade a eliminação da infecção provocada pelo H.pylori.
As cirurgias também são consideradas, mas apenas para os casos mais complicados e depois de a pessoa ter tentado os métodos menos invasivos de tratamento, tais como mudanças no estilo de vida e na rotina alimentar.
Fatores de risco
Alguns fatores de risco contribuem significativamente para o aumento das chances de a doença se desenvolver são os descritos abaixo:
- Não cuidar da dieta, se alimentando de forma irregular, comendo muito e com alimentos que favorecem o surgimento da queimação (comidas pesadas e frituras, por exemplo);
- Alto consumo de substâncias que favorecem a produção de ácidos, como bebidas alcoólicas, refrigerantes, café e chás;
- Uso constante de anti-inflamatórios e aspirinas. O mais indicado nas situações em que a pessoa não possa interromper o tratamento é conversar com o médico para avaliar alternativas ou para que possa trocar a medicação por outra que não afete tanto o revestimento do estômago;
- Não controlar os níveis de estresse e ansiedade.
Complicações
Quando a úlcera gástrica não recebe a devida atenção ela pode trazer transtornos e riscos ainda maiores para a vida do indivíduo. Algumas situações críticas são:
- Perfurações;
- Hemorragia;
- Penetração
- Obstrução e, em situações mais graves;
- Câncer.
Quando a úlcera gástrica chega a uma situação crítica, as dores são muito mais intensas e a pessoa passa a apresentar rigidez abdominal. Esses sinais ainda são acompanhados por vômitos e fezes com sangue. Essa situação é de urgência e requer cuidado imediato em um hospital.
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