O câncer é uma doença intrigante para os cientistas e assustadora para os pacientes. Embora a medicina tenha evoluído muito nos últimos anos e grande parte dos tipos de câncer possam ser curados, ainda existem dúvidas sobre suas causas e a instabilidade de seu desenvolvimento.
Hoje há tratamentos revolucionários e a cirurgia para grande parte dos cânceres, em especial os que ainda estão em estágio inicial. Mas é inegável a importância da radioterapia e da quimioterapia como tratamentos principais, que trazem resultados muito positivos e podem proporcionar mais qualidade de vida ao paciente.
Diferenças entre quimioterapia e radioterapia
A radioterapia e a quimioterapia são usadas de acordo com as características do câncer e do organismo do paciente. Antes de iniciar qualquer um dos tratamentos é preciso ter certeza de como está a evolução do tumor, sua localização exata e como está o estado de saúde do paciente. Para chegar ao diagnóstico preciso o paciente passa por exames de raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética e até por biópsias.
O procedimento da quimioterapia é utilizar um conjunto de medicamentos quimioterápicos que servem para atingir as células cancerígenas. Seu foco é destruir sua produção e impedir que elas se propaguem em metástase. A quimioterapia pode ser usada como único tratamento ou em conjunto com outros para potencializar seus efeitos.
Como os medicamentos quimioterápicos são compostos por combinações variadas de substancias, o tumor não consegue criar resistência a um tipo de composição e há mais chances de combater cada etapa do seu desenvolvimento.
Já a radioterapia tem o tratamento voltado diretamente para o local onde está o tumor. Não é eficiente para quem está com metástase, por isso costuma ser o primeiro tratamento a ser utilizado. São usadas descargas de radiações no tumor, para que as células e seu DNA sejam danificados e não consigam mais de reproduzir. Esses danos são propagados para as outras células cancerígenas e elas tendem a morrer.
A quimioterapia e a radioterapia podem ser utilizadas em conjunto, para casos de tumores mais resistentes, mas que ainda não sofreram metástase. Ambos têm efeito neoadjuvante, quando são utilizados antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, adjuvantes, para conter um possível novo desenvolvimento do tumor após a cirurgia e paliativo, que ajuda a retardar o progresso do câncer para outros órgãos.
O que acontece com o corpo durante o tratamento de radioterapia e quimioterapia?
A principal dificuldade do tratamento de ambos são os efeitos colaterais que causam. Tanto a radioterapia quanto a quimioterapia atacam as células cancerígenas, mas também as saudáveis, trazendo reações como indisposição, náuseas, sensibilidade na pele e boca seca. Tanto na quimioterapia quanto na radioterapia a pele fica muito mais sensível e é importante evitar a exposição solar. As queimaduras podem ser muito mais intensas, mesmo com proteção e deixar manchas.
Um dos efeitos provocados por algumas quimioterapias e que mais sensibilizam o paciente é a queda capilar. Em geral o cabelo começa a cair depois da terceira sessão, com fios dispersos ou grandes tufos de mechas. Mas nem todo tratamento de quimioterapia provoca queda e não há regra de doenças específicas; tudo depende da combinação de remédios usados e a reação que ele causa no organismo do paciente.
Para a quimioterapia, depois de dois a três meses do seu término o cabelo volta a crescer normalmente. Já a radioterapia, o procedimento é localizado onde está o tumor e se não for próximo a cabeça não haverá queda. Porém, se o paciente receber doses muito intensas de radiação, pode ter perda permanente.
Outras quedas relevantes e comuns da quimioterapia é a das unhas e das células da pele, que começam a descamar especialmente na sola dos pés e nas mãos. Na quimioterapia intravenosa as veias se destacam mais por parecerem mais escuras, endurecidas e finas, mas voltam ao normal no fim do tratamento.
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