hérnia crural

Hérnia crural: o que é e como tratar

A hérnia crural, mais conhecida como femoral, é aquela que se localiza entre a extremidade da bacia e o púbis, abaixo da chamada linha de Malgaigne. A posição dela é que a diferencia da hérnia inguinal, que se apresenta na parte acima.

Trata-se de uma protuberância semelhante a um cisto interno na coxa. Na verdade é uma parte do intestino que rompe o tecido abdominal. É um tipo de hérnia mais frequente em mulheres que em homens e raramente apresenta sintomas, a não ser que ocorra algum tipo de infecção.

Como surge a hérnia crural

Uma hérnia é causada pela fraqueza da musculatura da parede abdominal, permitindo que parte de uma víscera saia por ela. Cada uma é determinada pela posição em que se encontra, como é o caso da hérnia crural, que é localizada próxima ao fêmur e surge pelo extravasamento do intestino.

Esse tipo de hérnia é mais comum em mulheres, especialmente quando há sobrepeso ou obesidade. A carga maior que a média aumenta a pressão no abdômen, que acaba enfraquecido e com probabilidade de fissuras. O tabagismo e o esforço físico repetitivo e intenso, assim como uma tosse crônica e constante, também facilitam o surgimento do problema.

Com o enfraquecimento do tecido muscular, parte da víscera acaba rompendo um fragmento e cria um abaulamento externo. No tipo crural, essa protuberância fica na raiz da coxa e pode variar muito de tamanho. As grandes podem incluir não só o intestino, como também a gordura da região, as alças intestinais e a bexiga.

Em geral, além da sensação física do abaulamento, o paciente não apresenta nenhum outro sintoma. Mas, quando ocorrem dores e desconforto, é preciso ir ao médico para averiguar o que houve com a hérnia e se há algum tipo de infecção na área.

As hérnias menores são mais propensas a apresentar sintomas. Como extravasam de aberturas menores, o movimento abdominal pode oprimir o órgão e até mesmo causar a ruptura dele. Com parte do órgão rompido, pode ocorrer uma infecção grave, e o atendimento deve ser imediato.

Como tratar a hérnia crural

Para obter o diagnóstico desse problema, é preciso realizar exames físicos e ultrassonografia do local. Só assim será possível avaliar a dimensão e a gravidade dele. As complicações mais recorrentes são o estrangulamento do órgão, quando não é mais possível recolocá-lo no lugar de origem.

Quando o encarceramento acontece, o paciente pode sentir dores no estômago, vômitos, náuseas, gases, alteração na frequência intestinal e muitas cólicas. Nesse caso, é preciso realizar uma cirurgia de emergência. Para hérnias que conseguem voltar à posição normal, sem ficarem presas na parede abdominal, nem sempre a cirurgia é indicada, por esta provocar um novo rompimento na parede muscular. Para evitar que essa parte do corpo se fragilize ainda mais e não se rompa novamente, os médicos só indicam a cirurgia quando há riscos ou incômodo ao paciente.

Sem a remoção da hérnia nesse estágio, o paciente corre risco de morte. Há uma grave interferência no fluxo sanguíneo que pode ampliar a infecção. A cirurgia para esse tipo de hérnia tem anestesia raquidiana e deve sempre ser feita em centros cirúrgicos. O método mais comum é a videolaparoscopia, menos invasiva e com recuperação mais rápida, mas também é bastante comum ainda a cirurgia aberta.

Uma das técnicas cirúrgicas mais comuns para a retirada da hérnia crural é o McVay, em que o tendão é abaixado sobre um ligamento, com a utilização de próteses. Pelo enfraquecimento do tecido muscular, são colocadas telas que reforçam a região e evitam um futuro rompimento.

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