pedra na vesícula

O tratamento da pedra na vesícula é sempre cirúrgico?



A vesícula biliar é responsável por armazenar a bile, uma substância produzida pelo fígado e que tem importante papel no processo de digestão.

No entanto, o órgão pode desenvolver a famosa pedra na vesícula, que pode ser assintomática, mas, geralmente, causa dor e desconforto abdominal.

Alguns dos principais sintomas envolvem gosto amargo na boca, inchaço abdominal, gases, vômito, intolerância aos alimentos gordurosos, náuseas e dor de cabeça.

Como são sintomas que podem aparecer em outras doenças, inclusive nos casos de intoxicação alimentar, nem sempre são associados aos cálculos biliares.

Ainda assim, como existem pacientes assintomáticos, uma consulta de rotina pode identificar o problema na vesícula e já encaminhar para o tratamento.

Tratamento clínico não apresenta bons resultados

Quando as pedras na vesícula são identificadas, o paciente recebe orientações sobre a colecistectomia, nome da cirurgia para retirada da vesícula. Isso acontece porque o tratamento clínico, feito apenas com medicação, não tem apresentado bons resultados.

Além disso, mesmo quando o paciente não apresenta sintomas, pode haver o risco de complicações. Então, mesmo não existindo urgência, o único tratamento para o cálculo biliar é cirúrgico. 

Cirurgia é indicada mesmo quando o caso não é grave

A colecistectomia é uma cirurgia simples, feita por vídeo laparoscopia ou robótica sem a necessidade de grandes cortes. A vesícula é removida por completo e a recuperação do paciente acontece, em média, em até seis dias.

Quando o caso é grave, a cirurgia é marcada com antecedência, muitas vezes com internação imediata e podem existir mais riscos, já que não há tempo para exames pré-cirúrgicos.

Agora, quando não há riscos, é possível agendar uma data para remoção da vesícula, permitindo que o paciente faça todos os exames recomendados.

Complicações caso a cirurgia seja ignorada

Uma das complicações em adiar a realização da cirurgia é a piora do quadro no paciente. Então, alguém que não apresentava sintomas pode começar a lidar com situações bastante incômodas. 

Além disso, outras complicações são a colecistite aguda, quando uma pedra gera uma inflamação como a peritonite, além do acumulo de muco na região. Outra complicação, ainda mais grave, envolve a perfuração do intestino delgado, também causada pelos cálculos biliares.

Pancreatite e colangite também estão entre doenças resultantes do não-tratamento cirúrgico da vesícula. 

Casos em que o tratamento cirúrgico não é recomendado

Apesar de a cirurgia estar como a primeira opção para tratar pedras na vesícula, existem dois casos em que ela não é recomendada. Pessoas que possuem doenças cardiovasculares graves ou cirrose hepática devem passar pelo tratamento clínico, tendo a cirurgia como última opção.

Mulheres grávidas também estão no grupo em que a cirurgia pode não ser recomendada, principalmente quando não existe urgência na retirada da vesícula. Se necessário, o tratamento deve ser feito até o primeiro trimestre da gestação.

O que acontece depois da cirurgia

Como a vesícula é retirada por completo no tratamento, o corpo irá se adaptar e aprender a funcionar sem esse órgão. Assim, é recomendado o repouso e, principalmente, mudança na alimentação, que deve ser mais leve e menos gordurosa.

Como você pode perceber, o tratamento da pedra na vesícula é quase sempre cirúrgico, já que o uso de medicamentos não têm apresentado bons resultados. Ainda assim, existem exceções. O melhor é se atentar aos sintomas e fazer check-ups constantes para identificar o problema quanto antes possível.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!



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